quinta-feira, 27 de junho de 2013



Um pouco de descontração



Causo de mineirim



Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomano uma pincumel e cuzinhano um kidicarne cumastumate pra fazer uma macarronada cum galinhassada. Quascaí dessusto quanduvi um barui vindededuforno, parecenum tidiguerra. A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da galinhispludiu! Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais! Quascai dendapia! Fiquei sem sabe doncovim, proncovõ, oncotô. Oiprocevê quelocura! Grazadeus ninguém semaxucô!



Esse texto, uma bem-humorada travessura linguística, ao imitar supostamente o jeito de falar  em algumas regiões mineiras, mostra as possibilidades que o idioma apresenta através das variedades linguísticas (padrão e não padrão).





Leitura  e escrita:  tarefa de todas as disciplinas



A questão da leitura e da escrita deve ser contemplada em todas as disciplinas na escola, uma vez que a realização de diferentes atividades em cada uma delas mobiliza habilidades específicas de cada saber científico, o que contribui para a formação plena do leitor competente de mundo.
A leitura de tabelas, gráficos e legendas, por exemplo, atende a propósitos diversos, dependendo do contexto em que aparecem inseridos. A interpretação de uma tabela de informação nutricional, em ciências, pode ter como foco a compreensão dos elementos presentes em determinada dieta (carboidratos, gorduras etc.). A análise da referida tabela, em matemática, pode ser usada para calcular quantidades e grandezas numéricas (Kcal, grama). Sendo , ao final, o ponto de convergência dessas leituras  o equilíbrio da saúde do indivíduo que usará todos os seus conhecimentos.
A contribuição das disciplinas, com suas especificidades, desenvolverá no leitor/escritor uma visão globalizante, que superpõe competências  e torna o todo mais do que a soma das partes.
Quanto mais expostos a gêneros textuais, nos diferentes momentos da escola (nas várias áreas), mais nos aproximaremos das situações do cotidiano - um contrato, um cheque, um convite, uma carta de leitor, um editorial etc. – e  mais domínio poderemos exercer na hora que nos deparamos com a necessidade de utilizá-los.
Recentemente, fui envolvida em uma situação junto a um Banco que gerou a abertura de uma conta corrente vinculada, quando eu só desejava uma conta poupança. Recebi uma carta que referia o envio do meu nome para órgãos de proteção ao crédito., porque a conta, inativa, havia gerado taxas durante seis meses, à revelia. Diante disso, o funcionário que procurei, na agência, me pediu um documento de próprio punho para gerar providências. Formulei-o, no ato e, em quinze dias, tive minha solicitação atendida.
 E se não fosse a possibilidade de reivindicar, por escrito, a partir de um domínio/conhecimento que eu detinha?
Podemos promover esse acesso a nossos alunos a partir do convívio com situações próximas do dia a dia. Essa é a verdadeira proficiência escritora, a que habilita o indivíduo a intervir na realidade.
A produção textual, em cada disciplina, através de parágrafos curtos que sejam, para sistematizar um conteúdo de aula, por exemplo, desenvolve a competência escritora. Se imaginarmos que um aluno escreva no mínimo cinco linhas em cem aulas, ao final destas, terá produzido quinhentas linhas. É um ótimo exercício de autoria.

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